Natal: desvendando mitos e verdades à Luz da Palavra

"O Natal não é sobre uma data ou tradições humanas, mas sobre celebrar a encarnação de Cristo, o maior presente de Deus à humanidade.", síntese da entrevista com Tiago Rossi

Dez 16, 2024 - 11:51
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Natal: desvendando mitos e verdades à Luz da Palavra

A entrevista PING-PONG, da coluna Vida Plena (VP) – À Luz da Palavra, conversa sobre “NATAL: MITOS E VERDADES QUE TODO CRISTÃO PRECISA SABER”, com Tiago Rossi Marques de 39 anos, casado há 14, com Nathana, pai de Luca e Isabella. Tiago atua como professor de Relações Internacionais na PUC-Minas; professor Teologia Pública no Seminário Martin Bucer Brasil e pastor presidente da Igreja Batista, no Novo Riacho, em Contagem. Também possui doutorado e mestrado.

 

 

A celebração do Natal está mencionada na Bíblia?

 

Não. A Bíblia não menciona uma celebração específica do nascimento de Cristo, mas narra o evento em detalhes nos Evangelhos de Mateus e Lucas. As Escrituras destacam a importância do fato da encarnação, mas não de uma festa em si. No entanto, o espírito de adoração e celebração está presente nos louvores dos anjos e dos pastores no relato do nascimento de Jesus (Lucas 2:13-14).

 

O dia 25 de dezembro realmente foi o dia do nascimento de Jesus?

 

Não. A data exata não é mencionada na Bíblia e permanece desconhecida. O dia 25 de dezembro foi adotado posteriormente, possivelmente para cristianizar festividades romanas. Embora não tenha fundamento bíblico, a data oferece uma oportunidade para refletir sobre a encarnação de Cristo, um evento central da fé cristã.

 

A tradição da árvore de Natal tem origem pagã? Explique.

 

Possivelmente, já que elementos como árvores decoradas tinham significados simbólicos em festividades pagãs, como os festivais nórdicos e germânicos. Contudo, os cristãos reformaram o simbolismo, apontando para a vida eterna em Cristo. Hoje, a árvore pode ser usada como uma forma visual de lembrar a criação de Deus e a esperança que temos n’Ele, quando seu significado é interpretado a partir de uma perspectiva cristã.

 

A ênfase no consumismo durante o Natal contradiz o espírito cristão? Explique.

 

Sim. O consumismo desvia o foco do Natal, que deveria ser centralizado na celebração da encarnação de Cristo e promover generosidade e adoração, não o materialismo. O espírito cristão é centrado na doação, na simplicidade e no amor ao próximo, refletindo o maior presente: Deus nos deu Seu Filho (João 3:16). Celebrar o Natal com moderação e intencionalidade é um testemunho contra a idolatria do consumismo.

 

A figura do Papai Noel distorce o verdadeiro significado do Natal? Por quê?

 

Sim. Embora inspirada em São Nicolau, atualmente, a figura do Papai Noel muitas vezes desloca o foco de Cristo para tradições seculares e comerciais. A atenção exagerada ao Papai Noel pode ofuscar o papel central de Jesus como o presente maior e único Salvador. Cristãos devem redirecionar a narrativa da natividade para a mensagem do Evangelho.

 

É necessário celebrar o Natal para ser um bom cristão?

 

Não. A Bíblia não ordena a celebração do Natal. Ser um bom cristão depende da fé em Cristo e da obediência à Sua Palavra. Contudo, celebrar o Natal pode ser uma oportunidade valiosa para testemunhar sobre a encarnação de Jesus e para edificar a fé, desde que feito com entendimento bíblico.

 

É possível resgatar o sentido original do Natal em uma sociedade secularizada?

 

Sim. Ao enfatizar a mensagem bíblica da encarnação de Cristo e viver de maneira contracultural, é possível resgatar o verdadeiro significado. A igreja tem um papel essencial ao oferecer ensinos centrados nas Escrituras e práticas que reforcem o espírito de adoração, generosidade e comunhão.

 

Por que há tanta polêmica entre cristãos sobre a origem e o propósito do Natal?

 

Porque há divergências sobre sua origem histórica e sua associação com práticas não cristãs. Alguns rejeitam tradições não bíblicas; outros as reinterpretam à luz do Evangelho. A polêmica surge também do esforço de manter a pureza do culto cristão, enquanto outros enxergam no Natal uma oportunidade para evangelização.

 

O uso de símbolos como presépios e estrelas realmente reforça a fé cristã?

 

Pode reforçar. Quando usados com discernimento, ajudam a lembrar e ensinar verdades bíblicas, mas não devem substituir a centralidade da Palavra de Deus e da adoração a Cristo. O presépio, por exemplo, ilustra a humildade do nascimento de Jesus, enquanto a estrela aponta para a soberania divina que guiou os magos até o Salvador.

 

 

 

 

  

 

 

 

 

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